Serrão sugere extinção do Ministério da Educação: ‘É ineficiente e dá margem para negociatas’

Comentarista analisa que estrutura da pasta favorece corrupção, como a denunciada por prefeitos no Senado nesta terça

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2022 18h03
Geraldo Magela / Agência Senado Prefeito de Luís Magalhães (MA), Gilberto Braga fala à Comissão de Educação do Senado Prefeito de Luís Magalhães (MA), Gilberto Braga fala à Comissão de Educação do Senado. Braga foi um dos prefeitos que denunciou pedidos de propina de pastores com influência no MEC

A Comissão de Educação do Senado ouviu nesta terça, 5, prefeitos que denunciaram pedidos de propina de pastores que teriam influência sobre o destino das verbas do Ministério da Educação. Três prefeitos, Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP), e Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO), reiteraram que os pastores evangélicos Arilton Moura e Gilmar Santos teriam lhes pedido dinheiro e até barras de ouro para levar suas demandas à pasta, então comandadas por Milton Ribeiro. O tema foi analisado no programa 3 em 1, da Jovem Pan News, e o comentarista Jorge Serrão considerou que a própria estrutura do Ministério favorece a existência de corrupção.

“Todos são testemunhas de que eu sou um inimigo desse modelo do Ministério da Educação. Na minha visão, essa porcaria tinha que ser extinta. Esse troço tem que ser implodido, aquela estrutura burocrática é ineficiente, é errada, dá margem para negociatas. É muita negociação. Compra de ônibus pelo Ministério da Educação lembra muito compra de ambulâncias, esse negócio envolve muito dinheiro e muito superfaturamento. Isso é típico do Brasil e ocorre há vários governos. A gente tem que mudar o modelo, esse é inadequado. A verba de educação e de saúde tem que estar com Estados e municípios e não numa estrutura gigantesca de Ministério da Educação, que ainda tem uma pretensão nojenta de querer controlar a educação do país, o que é outro absurdo total. Educação é o que? A soma de formação moral familiar mais ensino de qualidade, então é a família e a escola, não tem que entrar ministério para comandar nada. O que está acontecendo hoje e vai continuar acontecendo nesse, em outro e todo e qualquer governo é esse descontrole, porque o sistema favorece negociatas. Enquanto isso não mudar, vai ser isso aí, uma hora é o pastor, outra hora é o militante esquerdológico, sempre haverá a roubalheira. E essa roubalheira depõe contra o estudante brasileiro”, analisou Serrão.

Confira a edição desta terça, 25, do programa 3 em 1:

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