Tiros no ônibus de Lula e Edson Fachin ameaçado: democracia sob risco?
A escalada da violência durante a caravana do ex-presidente Lula pela região Sul do país teve seu ponto mais crítico, grave e triste ontem, quando os ônibus que levavam a comitiva do petista foram alvos de tiros.
De acordo com passageiros, os veículos foram atingidos logo depois de deixarem a cidade de Quedas do Iguaçu. A Polícia informa que foram três os disparos que acertaram os ônibus. Ninguém saiu ferido.
Autoridades brasileiras condenaram o ocorrido. O presidente Michel Temer lamentou o episódio e disse que isso cria um clima de instabilidade no país.
Pelo menos 7 presidenciáveis também se manifestaram, entre eles Ciro Gomes, Henrique Meirelles, Manuela d´Avila, Marina Silva e Guilherme Boulos.
Os tiros contra os ônibus de Lula viraram notícia fora do país. O Wall Street Journal, o The Guardian e o Le Monde, por exemplo, publicaram matérias relacionadas. A cobertura no exterior fala em ‘ataque’ e até mesmo ‘atentado’ contra o ex-presidente.
O caso Fachin
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, deu uma entrevista à Globo News que vem repercutindo bastante. Nela, o magistrado disse que ele e sua família vem recebendo uma série de ameaças.
Fachin não especificou de quem ou de onde elas vêm, nem as relacionou a nenhum fato concreto. Ele disse apenas ter tratado do assunto e pedido providências à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, e com uma delegada da Polícia Federal que atua no tribunal.
Após a divulgação da entrevista, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a Polícia Federal disponibilizou duas equipes para investigar as ameaças relatadas. Em nota, Cármen Lúcia afirmou já ter aumentado o número de seguranças na escolta do colega. O presidente Michel Temer declarou que uma ameaça como essa a Fachin ‘não pode acontecer’.
No 3 em 1 desta quarta-feira, 28, Patrick Santos mediou um debate sobre o assunto entre Vera Magalhães, Carlos Andreazza e Marcelo Madureira.
Vera defendeu uma investigação rápida e eficiente sobre os dois episódios. Andreazza fez uma crítica àqueles que estão se aproveitando do episódio. Segundo ele, “se nós achamos os tiros razoáveis porque Lula é a vítima e nós não gostamos dele, nós somos canalhas. Madureira, por sua vez, chamou tudo isso de lamentável.
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