TRF2 nega recurso para garantir a posse de Cristiane Brasil: governo deve insistir no nome dela?

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2018 19h19
Gustavo Lima/Agência Câmara Cristiane também é acusada por outra ex-auxiliar, Aline Lucia de Pinho, de supostas irregularidades trabalhistas.
O desembargador Guilherme Couto de Castro, vice-presidente do TRF-2, negou um recurso da AGU que buscava garantir a posse de Cristiane Brasil como ministra do trabalho.
O caso foi analisado por Castro depois que o presidente da Corte, André Fontes, se declarou suspeito para decidir sobre o pedido de suspensão de liminar feito pela Advocacia-Geral da União. A AGU alegava que a Justiça não pode interferir em posse ministerial. O governo vai recorrer agora ao Supremo.
Segunda-feira à noite, o juiz Leonardo da Costa Couceiro, da Quarta Vara Federal de Niterói, suspendeu liminarmente a nomeação, adiando a cerimônia que estava marcada para hoje à tarde.
O magistrado atendeu a um pedido feito pelo Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes. O grupo argumenta que a nomeação ofende a “moralidade administrativa”. Afirmam que Cristiane não pode assumir a pasta porque foi processada e condenada, na Justiça do Trabalho, a pagar indenização a dois ex-funcionários.
Segundo informa reportagem do Estadão, esse não é o único processo contra ela. Cristiane também é acusada por outra ex-auxiliar, Aline Lucia de Pinho, de supostas irregularidades trabalhistas.
A Folha trouxe uma outra denúncia. De acordo com a matéria, a nova ministra tem destinado parte de sua cota parlamentar a uma locadora de veículos que pertence à tia de sua chefe de gabinete.
O grande problema é que o endereço e telefone da tal empresa não existem…
No 3 em 1 desta terça-feira, 09, Patrick Santos mediou um debate sobre o assunto entre Vera Magalhães, Carlos Andreazza e Marcelo Madureira.
Vera afirmou que o mais a surpreende nesse episódio é a insistência do governo em Cristiane Brasil – um nome que não tem nada demais. Andreazza admitiu que não gosta da deputada, mas defendeu sua nomeação, pois, segundo ele, não existe nenhuma lei que diga que alguém não possa ser ministro por ter uma ação ou condenação trabalhista contra si. Madureira concordou tecnicamente com Andreazza, mas disse que já se tem mais do que motivos suficientes pra Cristiane Brasil tirar o time de campo.
 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.