‘Tudo isso poderia ser evitado com voto impresso’, diz Constantino sobre pedido de anulação de votos

Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, repercutiram sobre a ação que tramita no TSE

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2022 19h02
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Valdemar Costa Neto Valdemar Costa Neto, ao lado de Marcelo Bessa, advogado, e Carlos Rocha (engenheiro do instituto voto legal), concedem coletiva de imprensa, em Brasília, pedindo a anulação de votos de mais de 200 mil urnas

O presidente Jair Bolsonaro (PL), junto ao Partido Liberal, ingressaram com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de anulação de parte das urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições presidenciais. A solicitação da legenda é de que quase 280 mil itens de votação de modelos anteriores ao ano de 2020 sejam anuladas. “Uma apuração realizada apenas com base nos resultados das urnas do modelo UE2020 (40,82% do total das urnas utilizadas no 2º turno) – que, reitere-se, possibilitam, com a certeza necessária, validar e atestar a idoneidade de seus votos –, o resultado que objetivamente se apresenta atesta, neste espectro de certeza eleitoral impositivo ao pleito, 26.189.721 (vinte e seis milhões, cento e oitenta e nove mil, setecentos e vinte e um) votos ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, e 25.111.550 (vinte e cinco milhões, cento e onze mil, quinhentos e cinquenta) votos ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos válidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula”, diz trecho do documento. Na sequência o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ordenou nesta terça-feira, 22, que o PL inclua, em até 24 horas, dados do primeiro turno das eleições no relatório apresentado pela legenda. O assunto foi tema no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, 22.

Para o comentarista Rodrigo Constantino, toda essa situação poderia ter sido evitada se a eleição ocorresse por meio de voto impresso. “Eu pensei que o Alexandre de Moraes ia dar 24 horas para o Alexandre de Moraes responder essas questões técnicas trazidas pelos especialistas contratados pelo PL. O que está em discussão é a votação do segundo turno. Eram só dois candidatos, é mais fácil fazer essa averiguação. Nós vimos discrepâncias muito relevantes em urnas mais antigas e menos auditáveis, sabe se lá onde localizadas no país, mas que eram quase 60% total das urnas. Lula ganhou com 52% na média, enquanto que nas urnas mais modernas, que dá para fazer auditoria, Bolsonaro venceu com 51%, só que essas eram mais ou menos 40% do total. Então temos aqui um dado preocupante, escandaloso, fora os outros problemas apontados. Nós precisamos de resposta. O país precisa de resposta. O TSE é o responsável por administrar de maneira bastante centralizadora e opaca o processo eleitoral, que fez com muita censura, perseguição, bancando imperador e agora quer calar a boca de todo mundo que questiona. Mas é o povo brasileiro que tem que estar satisfeito com o processo. Ele que tem que aceitar se o resultado foi legítimo e que houve lisura no processo. Se uma parcela significativa da população não acredita nós teremos um problema muito grave. A democracia está ameaçada. Não adianta todo mundo calar a boca e ir para casa. Tem que dar respostas. Tudo isso poderia ser evitado se tivesse o voto impresso. Pergunto: R$ 1 bilhão, para fazer isso, é um custo muito alto no Brasil que está discutindo um fura teto de R$ 200 bilhões?”, comentou.

Confira a íntegra do programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, 22:

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