“Acho que não teremos mais problemas”, diz Temer sobre quedas de ministros

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2016 09h01
13/05/2016 - Brasília - DF, Brasil - Temer inicia primeira reunião ministerial de seu governo. Foto: Isaac Amorim/MJ Isaac Amorim/MJ Ministros

Após assumir a Presidência da República, com o afastamento de Dilma Rousseff, o presidente interino, Michel Temer, nomeou sua equipe ministerial. Alvo de polêmicas por conta de nomes que constam em investigações da Lava Jato, o peemedebista viu seu Governo perder três nomes já no primeiro mês de mandato.

No dia 17 de junho, o peemedebista defendeu em reunião que os integrantes do primeiro escalão envolvidos em escândalos peçam demissão.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan, o presidente interino, Michel Temer, ressaltou que os ministros “que caíram, caíram porque pediram demissão”. Segundo o peemedebista, mais nenhum integrante do primeiro escalão do Governo deve sair da equipe. “Eu acho que não teremos mais problemas”, declarou.

“Eles [ministros que deixaram o cargo] tinham um sentido de colaboração, mas claro que eu ia fazer uma avaliação. Neste sentido de colaboração eles vieram a mim logo que apareceu algo. A imprensa falou que o presidente Temer demorou doze horas para tomar uma decisão, mas foi o período que o ministro pediu para sair. Acho que não teremos mais problemas, mas acho que isso não pode atrapalhar a governabilidade ou a confiança no País”, finalizou.

Ex-ministros

Romero Jucá (ex-Planejamento), Fabiano Silveira (ex-Transparência) e Henrique Eduardo Alves (ex-Turismo) deixaram seus cargos após se verem envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato.

Após serem divulgadas as gravações de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, Jucá afirmou que era preciso “estancar a sangria”, sobre o avanço da sinvestigações. Já Silveira orientou o presidente do Senado, Renan Calheiros, a não antecipar informações à PGR.

Alves foi citado na mesma delação de Machado e pediu demissão do cargo no último dia 16.

Acusações na Justiça

O ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR), é suspeito de participar de esquema que teria desviado R$ 133,6 milhões destinados ao pagamento de merenda nas escolas no Alagoas.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), é alvo de inquérito no STF. Este investiga suposto direcionamento em licitação de publicidade na prefeitura de Maringá.

O ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, aparece em gravação na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e enfrenta mais dois inquéritos. Um por suposto desvio de recursos federais e outro por crime contra o patrimônio e falsidade ideológica.

Ministro das Relações Exteriores, José Serra, é alvo de processo de reparação de danos por improbidade administrativa ajuizada pelo MPF.

Ministro da Ciência, tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab enfrenta dois processos por improbidade administrativa, de quando foi prefeito de SP, e dois inquéritos.

Além de Jucá, Leonardo Picciani, ministro dos Esportes, e Ronaldo Nogueira, do Trabalho, são alvos de contestações em contas eleitorais.

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