Acidente com Fokker 100 da TAM completa 20 anos e deixa legado para aviação

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2016 08h53
Brasil, São Paulo, SP. 31/10/1996. Acidente aéreo da TAM. Na foto, bombeiros buscam corpos de passageiros que estavam no avião da TAM que caiu no bairro do Jabaquara em São Paulo. - Crédito:MAURILO CLARETO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:8800 Maurilo Clareto/Estadão Conteúdo Acidente com Fokker 100 da TAM completa 20 anos e deixa legado para aviação - AE

Nesta segunda-feira (31), um dos piores acidentes aéreos da história do Brasil completa 20 anos. A queda do Fokker 100 da TAM em 1996 em São Paulo deixa um legado até hoje para a aviação brasileira.

Há exatos 20 anos, a queda de um avião em um bairro residencial de São Paulo modificaria para sempre a aviação brasileira.

A tragédia do voo 402 da TAM em 31 de outubro de 1996 deixou um importante legado para os acidentes aéreos no Brasil.

Foi durante o processo de luto pelos 99 mortos que surgiu a primeira associação de parentes e amigos de vítimas de quedas de aeronave.

Tudo começou naquela quinta-feira ensolarada, quando a empresária Sandra Assali havia acabado de deixar o marido no aeroporto de Congonhas.

“Eu ouvi um barulho muito grande, olhei pelo retrovisor do carro e vi uma bola de fogo. Mas nem passa pela tua cabeça. Achei que era problema com posto de gasolina. Você nunca imagina que seja algo relacionado a sua vida, ou ao teu marido que você havia acabado de deixar no aeroporto”, relembrou.

O marido de Sandra, o cardiologista José Abu Assali, de 45 anos, estava no Fokker 100 que caiu a dois quilômetros do aeroporto de Congonhas logo após a decolagem.

O voo para o Rio de Janeiro saiu às 8 horas e 26 minutos da manhã, levando muitos empresários e economistas que faziam a ponte aérea com frequência nesse horário.

A Aeronáutica concluiu em investigação que uma falha ativou o reverso do motor direito do Fokker, impedindo a aeronave de acelerar naquele momento.

Sandra é a atual presidente da Abrapavaa e afirmou que a entidade abriu caminhos.

“Quais os nossos direitos? Quais as obrigações da empresa aérea? A gente percebe que abrimos todos esses caminhos”, disse.

A empresária afirma ainda que a associação criada há 20 anos é referência para outras tragédias, como a de Mariana.

Por um momento, Sandra não teme mais olhar pelo retrovisor e ver que da tragédia nasceu uma maneira de aliviar a dor de muitas famílias.

Confira a reportagem de Carolina Ercolin:

O morador da Rua Luis Orsini, onde caiu o avião da TAM há 20 anos, Rodrigo Faria, disse que a rua virou referência de localização no bairro depois da tragédia. Confira a entrevista com Carolina Ercolin:

*Reportagem em texto de Victor LaRegina

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