Acionistas da Alpargatas não devem sofrer efeitos, diz especialista sobre venda do grupo para JBS
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Camargo Corrêa vende para a JBS – Friboi o controle da Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas. O valor total da operação é de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 12,85 por ação. De acordo com o comunicado da Comissão de Valores Mobiliários, o negócio depende do aval do CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
O professor da Faculdade de Economia da ESPM, José Eduardo Balian, diz a Thiago Uberreich que o negócio é consequência da crise na Camargo Corrêa: “O grupo Camargo Corrêa, com a operação Lava Jato, tem sofrido muito, não só com a queda de negócios, bolsas, valores expressivos, enfim, podemos agregar isso à própria desvalorização cambial. Então a venda de empresas é uma alternativa para reduzir esse nível de endividamento”. O professor acredita que o CADE irá conceder o aval ao negócio entre a Camargo Corrêa e a JBS – Friboi.
Apesar da queda de 8% nas ações da Alpargatas, o coordenador do curso de regulação da Fipe, Cleveland Prates, não vê motivos para turbulência: “Quem tem ações da Alpargatas vai continuar no mercado, normalmente, sem nenhum efeito forte direto. Estamos falando da venda de uma empresa, que pertencia a um grupo que está na Lava Jato, por uma outra empresa que, até segunda ordem, não está envolvida nesse processo. Esse outro grupo tem condições de investir até mais que o antigo grupo”. Cleveland Prates não acredita em mudança na direção da empresa responsável pela marca Havaianas, já que a JBS não tem experiência no setor calçadista.
Em novembro, a Alpargatas vendeu as marcas Rainha e Topper para um grupo de investidores liderados pelo empresário Carlos Wizard.
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