Aécio nega arrefecimento de impeachment e diz: “temos um vácuo no governo”

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2016 09h07
26/11/2015 - Brasília - DF - O senador Aécio Neves, durante reunião da Executiva Nacional do PSDB. Foto: George Gianni/ PSDB George Gianni / PSDB Aécio Neves

 O senador Aécio Neves falou no Jornal da Manhã sobre as expectativas com a volta dos trabalhos no Congresso Nacional e no judiciário nesta terça-feira (02/02). Ele nega um arrefecimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e critica a atuação do STF em questões do legislativo: “A primeira questão que deve ser esclarecida pelo STF é o rito do processo de impeachment. Ficaram algumas dúvidas sobre a exclusividade dos líderes da comissão. Houve uma intepretação, ao meu ver, invasiva em questões que deviam ser discutidas dentro do legislativo, como a questão do processo de votação ser aberto ou fechado. Mas cabe ao STF a palavra final para que o processo avance sem obstáculos”.

O presidente nacional do PSDB chama a atenção para a grave crise econômica e critica o “Conselhão” reunido por Dilma Rousseff no dia 28/01: “A agenda econômica é grave, temos uma crise social quase sem precedentes, com desemprego na estratosfera e dois milhões de postos de trabalho fechados apenas no período entre a eleição e hoje, com 60 milhões de brasileiros endividados, uma inflação fora de controle e um governo atônito, que prefere insistir em espetáculos midiáticos como a reunião da semana passada, onde propostas são lançadas ao vento, sem que haja a consistência do apoio da base parlamentar da presidente da república. (…) Temos um vácuo de governo no país”. Aécio também critica o Congresso Nacional comparando-o com um barco abandonado por quem deveria estar lá.

Aécio Neves acredita que mais manifestações devem ocorrer por causa da insatisfação generalizada da população e associa ao PT a responsabilidade pela crise do país: “O PSDB apoia as manifestações, não de partidos políticos, mas do conjunto da sociedade que expressa a indignação e a perplexidade com a ausência de compromisso com a verdade, ausência de coerência com o que foi dito na campanha eleitoral e agora praticado pelo governo. Se hoje vivemos a mais aguda crise social, a responsabilidade exclusiva é do PT, do ex-presidente e da atual presidente, que mesmo alertados de todas as formas, priorizaram o projeto de poder do partido, o projeto eleitoral, em detrimento da tomada de medidas que permitiriam a minimização das consequências da crise e que ela não afetasse de forma tão dura os mais pobres”.

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