Agentes da Papuda descobrem regalias em cela de Pizzolato, que vai para isolamento
A defesa de Henrique Pizzolato classifica como “ilegal” a transferência do ex-diretor do Banco do Brasil para a ala solitária da Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Na terça-feira, Pizzolato foi enviado para o isolamento, depois que agentes penitenciários encontraram na cela onde ele estava detido alimentos proibidos e dinheiro acima da quantidade permitida.
A descoberta foi feita a partir de uma denúncia anônima.
A mesma punição foi aplicada contra o ex-senador Luiz Estevão, o doleiro Lúcio Funaro, ligado a Eduardo Cunha, e mais oito presos. Todos estariam desfrutando de regalias dentro do presídio.
No regime de isolamento, os detentos perdem direito à visita semanal de familiares e ficam proibidos de visitar a cantina.
O encarceramento passar a ser feito em celas com dois ou quatro internos e o tempo de duração do banho de sol fica restrito a uma hora.
O advogado Hermes Guerreiro, que representa Henrique Pizzolato, critica a transferência e diz que o envio do cliente para a solitária viola o pedido de extradição, aceito pela Itália. “A punição por isolamento só ocorre em casos de falta grave e pela leitura de execuções penais isso não constitui falta grave. portanto, essa punição é ilegal”, disse.
O advogado Hermes Guerreiro afirma que tentará reverter a trasferência de Henrique Pizzolato para a solitária.
O ex-diretor de marketing do Brasil foi condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.
Em novembro de 2013, ele deixou o Brasil e fugiu para a Itália, usando documentos do irmão morto.
Em fevereiro de 2014, Pizzolato foi preso na cidade italiana de Maranello.
Como tem cidadania italiana, o executivo cumpriu 17 meses da pena em uma cadeia local. Ele foi extraditado para o Brasil, em outubro de 2015.
*Informações do repórter Vitor Brown
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