Agentes encontram menor resistência para verificar focos do mosquito

Brasília - Presidenta Dilma Rousseff visita ao Corpo de Fuzileiro Naval no dia de mobilização contra o Aedes aegypti. A presidenta destacou o papel das Forças Armadas no combate ao mosquito (Roberto Stuckert Filho/PR) Dilma Rousseff observa ações contra o Aedes aegypti

 Apesar da medida provisória que permite a entrada à força nos imóveis em que os proprietários não autorizassem a entrada dos agentes para o combate ao Aedes Aegypti, a resistência da população às visitas caiu. A MP editada pela presidente Dilma Rousseff prevê a participação até de forças policiais para acessar os locais. A ação vem sendo adotada por alguns municípios desde o ano passado como forma de possibilitar a fiscalização contra possíveis criadouros.

A secretária de Saúde de Jaboatão dos Guararapes em Pernambuco, Gessyane Paulino, diz que a situação é mais difícil em imóveis abandonados: “Os imóveis abandonados e as pessoas que não estão em seus imóveis, esses têm sido o principal problema. Acho que a lei vai realmente nos ajudar a fazer a entrada”. Gessyane Paulino ressalta que, antes da entrada à força, o proprietário do imóvel recebe uma notificação.

Antônio Carlos Marques, que é o secretário de Saúde de Barueri, explica que a medida foi usada apenas uma vez no município desde março de 2015: “Aqui no centro de Barueri tivemos uma denúncia. Quando fomos verificar, encontramos resistência e, através do decreto, nós entramos na casa com dois agentes sanitários, a guarda e mais a equipe de combate à dengue, mas foi um caso só que tivemos”. O secretário acrescenta que não foram encontrados focos do mosquito no imóvel, apesar da denúncia.

O coordenador do programa de combate ao mosquito em São Paulo, Alessandro Giangola, diz a Anderson Costa que a resistência às visitas caiu: “Por toda a situação que a transmissão do zika vírus tem trazido e os noticiários, a população está um pouco mais consciente. Estamos encontrando menos resistência em certos imóveis e isso tem contribuído, mas a qualquer hora tenho certeza de que nós utilizaremos a lei”. Giangola explica que o trabalho do Exército também tem facilitado a entrada nas casas em alguns pontos da cidade. A medida provisória editada nesta segunda-feira (01/02) prevê ainda a realização de campanhas educativas e de orientação à população.