Ajuste da economia de 2015 deve ser discutido apenas em fevereiro, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2015 17h09
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas dinheiro

 Contabilidade do Governo Dilma fecha outubro com rombo superior a R$ 12 bilhões, pior resultado desde 1997. O Palácio do Planalto já negocia a aprovação de uma nova meta fiscal, com déficit de R$ 52 bilhões.

Com isso, o mercado está preocupado porque o líder governista no Senado e negociador do ajuste fiscal, senador Delcídio Amaral, está preso. Mas, em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista Fábio Klein acredita na votação da meta fiscal antes do recesso parlamentar: “Ela deve ter sucesso para resolver essa meta, mas claro que existe o risco do governo não conseguir cumprir essa meta e vai ter que achar todos os meios possíveis para cortar despesas e segurar completamente os recursos”.

Professor do Insper diz que a situação ficou bem pior com a prisão de Delcídio Amaral, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos. Alexandre Chaia considera difícil a aprovação do ajuste fiscal em dezembro e prevê discussões somente em fevereiro de 2016: “Janeiro vai começar mais tarde, até recuperar, voltar do recesso de final de ano, a gente vai discutir o ajuste da economia desse ano em fevereiro de 2016 e, com isso, o governo vai continuar perdendo mais um ano de receita”.

Entre janeiro e outubro deste ano, o Governo Dilma conseguiu acumular um rombo de R$ 33 bilhões nas contas públicas. A União pode ser obrigada a fazer cortes pesados em dezembro se não conseguir autorização do Congresso para ter o déficit de R$ 52 bilhões.

Por outro lado, com o dólar mais caro, o governo pôde comemorar a redução do rombo nas contas externas do país. O déficit caiu quase US$ 30 bilhões de janeiro a outubro, e está próximo de US$ 53 bilhões, menor valor para o período desde 2010.

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