Alerta Contra a Dengue: Carnaval aumenta o risco de transmissão por Aedes aegypti
Após o país registrar em 2015 o maior número de casos de dengue da história, as autoridades se preocupam com a proliferação do mosquito, que também transmite o chikungunya e o vírus zika, durante o período de Carnaval. Para os especialistas, o feriado de quatro dias é um coquetel explosivo para o aumento do número de transmissões.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Érico Arruda, explica a Victor La Regina, os fatores que trazem preocupação no Carnaval: “Temos pessoas um pouco mais despreocupadas, mais relaxadas do ponto de vista do seu autocuidado. No Carnaval as pessoas ingerem mais bebidas alcóolicas, se protegem menos e estão usando roupas que diminuem a proteção do corpo”. Érico Arruda ressalta ainda que, nos dias de festa, as grandes cidades ficam com lixo acumulado nas ruas, potenciais criadouros do mosquito.
O especialista em Medicina Tropical, Dalcy Albuquerque Filho, diz que as características climáticas desta época colaboram com a proliferação: “É um período quente e chuvoso, então isso por si só já não é uma coincidência. O fato do Carnaval reunir muitas pessoas juntas em locais onde existem epidemias é um risco adicional”.
Recife e Salvador são cidades que mais recebem foliões no Brasil e também as que sofrem com as epidemias provocadas pelo Aedes aegypti. A chegada do verão no hemisfério sul explica a inclusão de 14 países na lista de casos novos de zika vírus desde novembro de 2015.
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