Aliados europeus questionam o quanto deve ser compartilhado com os EUA
Memorando escrito por ex-diretor do FBI complica situação do presidente americano e o primeiro pedido de impeachment de Donald Trump chega ao Congresso.
A terça-feira foi turbulenta na Casa Branca. Um dia após o jornal Washington Post revelar que Trump passou informações confidenciais ao chanceler russo, o republicano começou o dia se defendendo no Twitter, afirmando que tem o direito absoluto de fazer a comunicação.
Mas o dia na Casa Branca ficou mais tenso depois de duas reportagens do jornal The New York Times.
Uma delas disse, com base em duas fontes próximas ao assunto, que a informação confidencial passada pelo presidente aos russos foi fornecida pelo governo de Israel. O embaixador israelense em Washington não confirmou a informação e o porta-voz do governo americano, Sean Spicer, disse que não comentaria a reportagem.
No Reino Unido, a postura de Trump foi entendida como mais uma esgarçada na relação entre os serviços de inteligência americano e britânico.
Os aliados dos EUA na Europa questionam o quanto deve ser compartilhado com a administração Trump e quais os riscos de colocar trabalho de espiões europeus nas mãos de um presidente imprevisível.
Como não se sabe o que foi compartilhado com a Rússia, é possível que informações de outros países também tenham sido compartilhados com Vladimir Putin, sem a concordância das partes envolvidas.
A sensação é que Trump age sem a menor consideração às regras de etiqueta e isso coloca os aliados em atenção.
Confira as informações do correspondente da Jovem Pan na Europa, Ulisses Neto:
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