Alta no preço de produtos de Páscoa deixa comércio apreensivo
A cidade de São Paulo deixou de vender R$ 37 bilhões em 2015, cifra que equivale ao faturamento de dois meses aquecidos de dezembro. A queda de 6,3% sobre 2014 é o pior resultado desde o início da série histórica há sete anos. Os dados da Fecomercio traduzem a ampla dificuldade do varejo, das concessionárias aos eletrodomésticos, móveis, roupas e materiais de construção.
Para o economista Altamiro Carvalho, o cenário econômico é cruel para empresários e trabalhadores: “Essa queda, sendo tão significante, logicamente impacta também a lucratividade das empresas que não veem alternativa, tendo seus compromissos para pagar, a não ser em alguns casos, de fechar, reduzir quadro de pessoal, reduzir compras, encomendas, enfim, é um cenário bastante desalentador para o comércio neste momento”.
Com esses resultados, as perspectivas para a Páscoa são as piores já que só lucra quem tem comida essencial e remédios na prateleira. A inflação e a valorização do dólar encareceram os produtos para a Semana Santa afirma o economista Fábio Bentes da Confederação do Comércio: “Os pescados de um modo geral estão com um preço mais salgado esse ano e o carro-chefe da data que é o chocolate está com uma inflação nos últimos 12 meses de 13,3%”.
Quem planeja viajar na Páscoa, deve saber que só a gasolina subiu 21% em doze meses. E o azeite, elemento extraído da oliva, está 30% mais caro, cifra proporcional a alta do bacalhau.
Informações: Renata Perobelli
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