Alvos indiretos, senadores usam plenário para se defender de fase da Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2017 06h26
Brasília - Presidente do Senado, Renan Calheiros, durante apreciação no Plenário do PLC 125/2015 Complementar, que altera as regras do Simples Nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Senado Federal

A nova fase da Operação Lava Jato mira os chamados “satélites”, ou seja, assessores que servem como testa de ferro de políticos. A investigação tem como base relatos das delações premiadas e indicações claras da delação da Odebrecht de que cada político tem seu caminho para receber propina.

Os alvos indiretos da operação se defenderam no plenário do Senado. O ex-presidente do PMDB Valdir Raupp se irritou ao falar que tentou descobrir o alvo da investigação, mas nada, sabe apenas que amigos foram investigados.

O senador Humberto Costa (PT-PE) assistiu os policiais federais revistarem escritórios de aliados e garantiu que nunca autorizou ninguém a falar em seu nome.

A reação mais forte foi mesmo do senador Renan Calheiros. Com 12 inquéritos já abertos no STF, o senador foi à tribuna. O líder do PMDB na Casa garantiu que não conseguirão provar algo contra ele.

Os discursos dos senadores se somaram às reclamações sobre a Operação carne Fraca e foi então criado o clima para votar no Senado a regulamentação do crime de abuso de poder.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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