Amostras biomédicas comprovam uso de armas químicas em ataque na Síria
Uma investigação sobre os ataques realizados há duas semanas no sul de Idlib, na Síria, concluiu que armas químicas foram usadas contra a população civil. O anúncio foi feito pela Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq).
Os resultados da análise indicam que as vítimas foram expostas a substância Sarin.
Amostras biomédicas foram coletadas de três vítimas enquanto as autópsias de seus corpos estavam sendo realizadas em dois laboratórios da Opaq. Outras sete pessoas que sobreviveram ao ataque e estavam sendo tratadas também fizeram parte da amostra.
A conclusão coloca um fim à polêmica criada depois que o regime de Bashar Assad denunciou um ataque como sendo “100% fabricado”.
Pelas regras do direito humanitário internacional, o uso de armas químicas é um crime de guerra e peritos da ONU já indicam que vão usar o caso para futuros processos contra os responsáveis militares.
A Opaq ainda não declarou se considera que os responsáveis pelo ataque aéreo seriam membros do governo de Assad ou da oposição.
A missão dos investigadores na Síria agora é chegar até o local dos ataques, no povoado de Khan Sheikhun. Eles esperam poder visitar a área assim que a situação de segurança permitir.
A previsão é que em duas semanas, um relatório completo deve ser apresentado pela Organização para Proibição de Armas Químicas.
*Informações do repórter Victor Moraes
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