Ao lado de Dilma, Lula diz em discurso que nunca foi tão perseguido e massacrado
Após depor ao juiz Sergio Moro, ex-presidente Lula discursa em ato político na praça Santos Andrade, no centro de Curitiba. Por cerca de 20 minutos, ele se defendeu das acusações de corrupção, dizendo não haver provas de que o triplex é dele.
A Polícia Militar contabilizou cinco mil pessoas no ato, já os organizadores falam em um público de 50 mil.
Nesta quarta-feira (10), Lula depôs por quase cinco horas na Justiça Federal do Paraná no processo em que é réu. Disse ainda que prestará quantos “depoimentos forem necessários” e destacou que está “em busca da verdade”.
Ao agradecer a presença do povo, o ex-presidente Lula, mais uma vez, se disse perseguido e massacrado.
Lula, que estava acompanhado de Dilma Rousseff, destacou aos militantes que, se tiver cometido erro, quer ser julgado pelo povo. O ex-presidente criticou o que definiu como “vácuo de provas contra ele” e disse que não tem vergonha das pessoas com quem trabalhou.
Desde o início de maio, advogados de Lula têm pedido suspensão dos prazos do processo, alegando não ter acesso ou tempo para analisar o material.
Durante entrevista coletiva, o advogado Cristiano Zanin Martins voltou a denunciar que o processo transcorre em meio a irregularidades.
Para a defesa, está claro que Lula está sendo julgado não pelo triplex do Guarujá e sim pela passagem dele pela Presidência da República.
O advogado José Roberto Batocchio reforçou que não existe nenhuma prova de que o imóvel pertença a Lula.
Em entrevista a Jovem Pan, o cientista político Valdir Pucci avaliou as intenções do ex-presidente por trás do discurso.
Pucci destacou que o objetivo de Lula é tentar que uma possível campanha não seja barrada pela Lei da Ficha Limpa.
Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina da empreiteira OAS e, em troca, ela seria beneficiada em contratos com a Petrobras.
Segundo o Ministério Público Federal, o petista teria sido beneficiado com a reserva do tríplex, a reforma do imóvel e o depósito do acervo presidencial.
O MPF denunciou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a Justiça recebeu, e Lula e outras sete pessoas viraram réus. Entre eles, estava a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro deste ano e teve as acusações arquivadas pelo juiz Sérgio Moro.
Confira a reportagem completa:
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