Após Aécio ser citado, deputado Pestana diz que delação não tem “valor absoluto”
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi acusado pelo ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior, em delação premiada da Lava Jato, de tratar de um esquema que fraudava a licitação da obra da Cidade Administrativa para beneficiar grandes empreiteiras. De acordo com o delator, a reunião aconteceu quando o tucano era o governador de Minas Gerais.
Para o deputado Marcos Pestana (PSDB-MG), não se pode tratar uma delação como uma espécie de verdade absoluta por ser uma informação de alguém que já cometeu um crime.
“Não é possível que a palavra de um réu confesso, que cometeu crimes, vire o critério da verdade. É preciso que o sistema judiciário assegure o amplo direito de defesa e a presunção da inocência”, afirmou o tucano.
Pestana disse não ser contra a delação premiada, que é um instrumento de investigação, mas que é necessário mais informações para se ter certeza sobre um crime.
“Não, de forma nenhuma (contra a delação premiada). É um instrumento, mas que tem que ser claramente regulamentado, a experiência concreta vai dar os caminhos, mas é um instrumento de investigação, mas que não tem valor absoluto. (…) Você tem que ancorar o processo judicial em provas concretas, substantivas. Não adianta a palavra”, opinou.
Confira abaixo a entrevista completa do deputado tucano Marcos Pestana.
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