Após incêndio no Museu da Língua Portuguesa, especialista explica que acervo não foi perdido

  • Por Jovem Pan
  • 22/12/2015 08h34
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 30.11.2015 - O escritor José Luiz Goldfarb na cerimônia de entrega do Prêmio São Paulo de Literatura 2015, na segunda (30), na Biblioteca Parque Villa-Lobos, em São Paulo (SP). (Foto: Bruno Poletti/Folhapress) Bruno Poletti / Folhapress José Luiz Goldfarb

 Apesar da destruição da estrutura do Museu da Língua Portuguesa após o incêndio ocorrido na segunda-feira (21/12), o doutor em história da ciência, José Luiz Goldfarb, ressalta que, felizmente, o acervo é digital e não será perdido: “É um museu absolutamente multimídia, interativo, usando novas tecnologias. (…) Nunca teve acervo no sentido tradicional, não tem documentos, objetos, relíquias. (…) Mas usando a linguagem técnica, tudo tem back-up. Ele foi concebido por várias agências e empresas que têm cópias que não estavam dentro do prédio do museu, que poderão ser baixadas de novo”.

Para o especialista, a importância do museu está relacionada ao fato de ter mudado o perfil do público frequentador: “O Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Futebol, o MIS, são museus que nos últimos dez anos representaram uma mudança no perfil do frequentador, atraíram a periferia”.

José Luiz Goldfarb ainda cogita a hipótese de uma instalação itinerante durante a reconstrução do prédio: “Para a nossa cidade, para o planejamento cultural ele faz falta. O museu já teve uma itinerância e pode se deslocar para outro equipamento cultural de São Paulo. Ele já foi restaurado uma vez, então poderá ser restaurado novamente”.

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