Após reintegração, governo pretende instalar base de policiamento em Paraisópolis
Uma base comunitária de policiamento instalada no coração de Paraisópolis é aposta do governo para tentar conter criminalidade na região. Um decreto publicado em 17de abril de 2014 dá providências para a desapropriação de uma área de 300m² para a instalação da base, que será colocada no cruzamento das ruas Ernest Renan e Melchior Giola, sendo subordinada à 5ª Companhia do 16º Batalhão.
O presidente do Conselho de Segurança do Portal do Morumbi, Celso Neves Cavallini, acredita que a medida pode ser eficaz contra rotas de fuga: “Acrescentando policiamento interno, será feito um corte radical nas rotas de fugas. Com o policial conhecendo as vielas e becos, a coisa vai melhorar”. Cavallini cita ainda a experiência semelhante de policiamento comunitário no Jardim Ângela, que teve diminuição nos índices de criminalidade.
Já o presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, pede o redirecionamento da estratégia policial: “O que existe é uma série de relatos na região do Morumbi, onde existe o “ladeirão”. Nesse espaço, onde tem insegurança e terrenos disponíveis, por que não colocar a base lá?”.
Atualmente, o quarteirão onde pretendem erguer a base ainda é ocupado por vários prédios comerciais. Mas o secretário estadual de segurança pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirma que a reintegração de posse da área já foi autorizada: “O terreno está ocupado com estabelecimentos comerciais, mas a justiça determinou a reintegração de posse e ela será realizada”. Alexandre de Moraes disse ainda que três adolescentes já foram identificados como alguns dos assaltantes que praticavam os roubos na região.
Mais dois pelotões da Rota e um da Rocam, a ronda por motocicletas, passaram a policiar o bairro.
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