Aprovação de reforma da Previdência pode evitar “tragédia”, avaliam economistas
Economistas voltam a defender mudanças na Previdência e falam em “desastre” para o País, caso a reforma não seja aprovada. Nesta sexta-feira (12), diversos especialistas discutiram o tema, em um evento da Amcham, a Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Os analistas discordam do presidente Michel Temer, que declarou nesta semana que a rejeição da Reforma da Previdência no Congresso Nacional não seria uma “tragédia definitiva”.
O diretor-executivo da agência de classificação de risco Fitch Ratings, no Brasil, Rafael Guedes, reforçou que o texto não pode mais ser modificado. “A medida foi levada ao Congresso no ano passado e já tem vários aspectos diluídos no relatório e é extremamente importante que não tenhamos mais diluição”, disse.
Rafael Guedes afirma que, apesar de alguns sinais positivos, a perspectiva de crescimento do Brasil no curto prazo segue baixa.
A CEO da Amcham, Deborah Stern, ressaltou que as reformas estão ajudando a atrair investidores estrangeiros: “com as principais reformas encaminhadas pelo Governo e que devem reorganizar as contas públicas, o Brasil voltou a ser foco”.
Ela destacou ainda que a confiança do mercado externo já dá sinais de retomada.
A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, pediu mais ousadia, para a aprovação das reformas: “a gente tem que ficar de olho no Brasil é tentar afastar o risco da mediocridade e ter sociedade e classe política disposta a ser ambiciosa”.
Zeina Latif lembrou também que o aumento de impostos seria a única alternativa, em caso de não aprovação da reforma da Previdência.
*Informações do repórter Vitor Brown
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