Ator de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” critica “g0y”: É complicar o simples”

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2014 12h26
Divulgação Guilherme Lobo

Protagonista do celebrado “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, dirigido por Daniel Ribeiro, o ator Guilherme Lobo mostra consciência sobre o tema trabalhado no filme que protagonizou. Aos 19 anos, Guilherme tinha apenas 14 quando interpretou pela primeira vez Leonardo no curta-metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, que deu origem ao longa. A personagem é um garoto com deficiência visual que descobre o desejo sexual e o amor com o amigo Gabriel.

“O público-alvo era o adolescente”, conta o ator em entrevista ao Morning Show. No entanto, o filme ultrapassou as barreiras do gênero conforme viajou o mundo e atingiu todas as idades. Ainda assim, Guilherme Lobo percebe a dificuldade de levar o longa para áreas periféricas. “Exibidores estão muito ligados a números: vende ou não vende”. 

O filme trata das descobertas da adolescência. O fato de a personagem de Guilherme não enxergar deixa tudo mais sensitível que visual. E, sem nunca ter visto a diferença entre homens e mulheres, o desejo de Leonardo é desperto por outro garoto, tornando a homossexualidade uma das temáticas (ainda que não necessariamente a central) na trama. 

Em 2013, o francês “Azul É a Cor Mais Quente”, apesar de aclamado mundialmente, foi criticado pelas cenas quase explícitas de sexo lésbico. Para Guilherme, a diferença entre o “Azul…” e o filme que protagoniza é a forma de chamar a atenção para o assunto. “Tem gente que entende na base do sussurro e tem gente que vai entender só na base do grito”, avalia.

O ator criticou ainda o movimento que se denomida “g0y”, que são homens que se relacionam com outros homens afetiva e sexualmente, mas sem penetração. “É muita complicação do simples”, argumentou.

Ouça a entrevista na íntegra.

 

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