Audiência em janeiro definirá a reconstrução de Bento Rodrigues

  • Por Jovem Pan
  • 28/12/2015 12h44
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MARIANA, MG, 06.11.2015: BARRAGENS-MG - Helicóptero de socorro sobrevoa a região do subdistrito de Bento Rodrigues onde barragens de contenção de rejeitos da mineradora Samarco Fundão se romperam na tarde desta quinta-feira (5), em Mariana (a 124 km de Belo Horizonte), no interior de Minas Gerais. A enxurrada de lama inundou e destruiu várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. (Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress) Moacyr Lopes Júnior/Folhapress Helicóptero de socorro sobrevoa a região de Bento Rodrigues

 Famílias atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana definem em audiência no dia 20 de janeiro a reconstrução do distrito de Bento Rodrigues. Um acordo envolvendo a mineradora Samarco, a Vale, a BHP e o Ministério Público garantiu o pagamento de R$ 100 mil aos familiares de vítimas. A forma como será reconstruída a povoação ainda está passando por discussões.

O líder comunitário, José do Nascimento de Jesus, afirma a Anderson Costa que quer o distrito mais perto de Mariana: “Nosso objetivo é uma reconstrução de um novo Bento, bem próximo a Mariana, com bastante segurança e com as mesmas características. Eles vão tem quer construir de acordo com a comunidade”.

A Samarco concorda com a reconstrução do núcleo urbano do Distrito de Bento Rodrigues em local distante da barragem. O promotor de Justiça, Guilherme de Sá Meneghin, lamenta que só a intervenção da justiça conseguiu fazer o acordo andar: “Infelizmente só foi através de pressão. Isso poderia ter sido feito no início, espontaneamente. Esse que é o maior problema, se não tiver a força da justiça em cima, pressionando, parece que as coisas não andam”.

A mineradora Samarco já foi multada em R$ 250 milhões pelos danos provocados pela avalanche de lama. A presidente do Ibama, Marilene Ramos, explica que a empresa deverá ser multada novamente pelos problemas causados ao solo: “Com relação a destruição de áreas de preservação permanente, são em torno de 1.500 hectares de área destruída, sendo que metade disso tinha vegetação nativa. Então essa será uma próxima multa que deverá sair, mas outras também podem acontecer ainda”.

Quatro famílias permanecem hospedadas em hotéis do município, todas por opção própria. As demais estão morando em casas alugadas pela empresa.

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