Aumento nas tarifas do transporte deve ter impacto perigoso na inflação

  • Por Jovem Pan
  • 06/01/2016 13h15

O bilhete passará a custar R$ 3 Folhapress Reajuste tarifa

 Aumento nas tarifas do transporte público deve ter impacto perigoso na inflação de 2016. Outras despesas básicas como alimentação continuam em alta e a energia elétrica segue com a bandeira vermelha. O IPC-S encerrou dezembro em alta de 0,88% e, com isso, acumulou avanço de 10,53% em 2015.

O coordenador do índice da Fundação Getúlio Vargas, Paulo Piquete, ressalta que a situação compromete o poder de compra da população: “Em 2015 no caso do IPC-S, com aumento de 10,5%, é uma boa notícia em termos relativos. Em termos absolutos é um número grande demais, tanto quando a gente pensa no que ele representa em termos de poder aquisitivo que se perde, quanto em termos macroeconômicos do que é o teto da meta do Banco Central, que continua em 6,5%”.

O aumento da inflação no ano passado foi bem maior que o registrado pelo indicador em 2014, de 6,87%. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista Fábio Romão acredita na desaceleração do índice este ano, mas ainda longe do ideal: “Hoje o IPC-S esperado para 2016 é de 7,1%, que se mantém longe do centro da meta de 4,5%. Não é só transporte público, existe a perspectiva de outros ajustes, taxas de água e esgoto, reajustes anuais esperados das distribuidoras de energia”.

O IPC-S desacelerou em cinco das sete capitais pesquisadas na quarta quadrissemana de dezembro em relação à terceira leitura do mês passado. O índice apresentou queda na variação de preços em Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo, e acelerou em Belo Horizonte e Salvador.

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