Av. Paulista teve 215 mil pessoas às 18h, segundo secretaria; MBL estima 800 mil

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2016 07h52
Rovena Rosa / Agência Brasil Manifestação na Paulista

 Desde as primeiras horas da manhã de domingo (17), manifestantes favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff começaram a ocupar a Avenida Paulista. Com o público aumentando e o forte calor, ambulantes aproveitaram para faturar. Quando a votação começou, o clima, as cores e a vibração eram típicas de final de Copa do Mundo. No entanto, o público torcia por outro placar.

 Depois de seis horas de votação, 367 deputados votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, enquanto 137 foram contrários. Ainda foram registradas 7 abstenções e 2 faltas. O resultado foi comemorado com festa ao longo da Paulista. Muita gente ficou emocionada com o resultado da votação.

O aposentado Wilson Elias de Freitas, de 82 anos, conta que essa votação é o resgate da cidadania para o País: “O Brasil me arrepia, o Brasil precisa de cidadania e essa cambada de canalhas que estavam no poder foram defenestrados. O Brasil precisa disso: luta”.

O engenheiro Vítor Berche, 60 anos, diz que é o momento de reafirmar a luta pela democracia: “É uma coisa importante, lutamos pela democracia, temos reafirmado a disposição democrática e pacífica do povo brasileiro, o que me enche de esperança e alegria pelos rumor que o Brasil toma”.

E, em meio aos manifestantes, houve quem deixasse seu desabafo para provar que o ato pró-impeachment não é desejo da elite. O vigilante Marco Ribeiro, morador da região do Capão Redondo, reclama da queda no poder de compra dos trabalhadores: “É mentira, sou um vigilante e estou indignado. Fui no mercado há três meses, fiz uma compra e pague R$ 400 a mais. Esse mês aumentou mais R$ 50. Está impossível sustentar minha família com o salário que nós ganhamos”.

A Secretaria de Segurança Pública divulgou uma nota, no fim da noite de domingo, informando que, por volta das 18 horas, cerca de 215 mil pessoas estavam na Paulista. O Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do ato na Paulista, estimou em 800 mil pessoas. De acordo com a Secretaria, 13 pessoas foram detidas, sendo dez por furto, dois por pichações e um por invasão de patrimônio e sabotagem ao tentar furar um pato inflável da Fiesp.

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