Base governista defende que testemunha de Dilma passe a ser informante
Dando continuidade ao processo de julgamento do impeachment de Dilma nesta sexta-feira (26) com a oitiva de testemunhas, ainda há, por parte da base aliada do presidente interino, a tentativa de anular a participação de uma testemunha, de modo a colocá-la em papel de informante.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que apresentou questão de ordem sobre o caso nesta quinta (25) e deve debatê-lo ainda hoje.
Testemunha vai virar informante?
Para Gleisi Hoffmann (PT-PR), não. Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento foi convocada como testemunha de defesa de Dilma, mas a base de Temer defende que ela seja transformada em informante.
Dweck teve cargo de confiança no Governo de Dilma e, após sua saída, foi convidada pela senadora petista para assessora na CAE.
Caiado defendeu a mudança de papel da ex-secretária: “pessoa não pode ser testemunha quando ali pode ter algum tipo de interesse ou em benefício próprio”.
Entenda a polêmica
No primeiro dia do julgamento, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, aceitou o pedido da defesa da presidente Dilma de suspeição da primeira testemunha de acusação: o procurador do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) Júlio Marcelo de Oliveira.
Desta forma, Oliveira foi ouvido como informante, e não mais como testemunha. Agora, senadores que apoiam Temer pretendem dar o troco pedindo que Esther Dweck tenha o mesmo tratamento.
Reinaldo Azevedo explica o caso do procurador:
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