Brasil deve ter poucas chuvas até o final do inverno de 2017, aponta especialista

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2016 09h44
Vagner Campos / A2 FOTOGRAFIA Cantareira

 O nível do Cantareira permanece estável há seis dias, mesmo com a falta de chuva e calor fora de época. Superado o pior momento da crise hídrica, o sistema opera com 66,1% da capacidade, considerando as duas cotas do volume morto. De acordo com a Sabesp, o volume atual é suficiente para São Paulo enfrentar o período seco sem risco de novas medidas restritivas.

O professor de hidrologia da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, não descarta, no entanto, uma piora nas condições dos mananciais nos próximos meses: “Nós vamos com essa temperatura alta e o prognóstico por causa disso é pressão alta e não tem chuva. Vamos entrar no período seco, de seis meses do outono e inverno, e depois no ano que vem, a partir de outubro até março com o efeito La Niña, teremos chuva abaixo da média e depois mais um período seco de outono e inverno do ano que vem”. Zuffo lembra que a Sabesp atualmente não está mais autorizada a captar o volume morto.

O meteorologista do Instituto de Astronomia e Geofísica da USP, Augusto José Pereira, espera uma semana com menos calor: “Na medida em que o outono avança, ainda há previsões de chuvas, apesar da secura e do calor, e a previsão para abril, maio e junho é de chuvas um pouco acima do normal no sul e sudeste, e muito abaixo do normal na Amazônia e centro-oeste”. Pereira afirma que o atual fenômeno La Niña traz seca, ao contrário do El Niño, com chuva acima da média.

Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira deixou a dependência da reserva técnica depois de 19 meses.

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