Brasil é o país que mais mata ativistas ambientais no mundo

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2017 12h36 - Atualizado em 28/06/2017 23h53
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(Tomaz Silva/Agência Brasil) Túmulo de Dorothy Stang em Anapu (PA)

A ONU denuncia o Brasil como o país com maior número de assassinatos de ativistas ambientais no planeta. Nos últimos 15 anos, a média foi de uma morte por semana.

O comunicado público anunciado em Genebra nesta quinta-feira foi produzido por quatro relatores das Nações Unidas, que condenaram a CPI da Funai na Câmara dos Deputados e criticaram a criminalização do movimento indígena por parte de parlamentares brasileiros.

O advogado da Comissão Indigenista Missionária alerta para a gravidade do levantamento. Segundo ele, é chocante porque também retrata uma banalização das mortes: antes, os ataques tinham como alvos caciques e lideranças. No entanto, segundo Adelar Cupsinki, a falta de punição tem piorado o cenário e esparramado o terror.

Ouça a reportagem de Carolina Ercolin com todos os detalhes AQUI.

O extrativista José Cláudio Ribeiro, a religiosa americana Dorothy Stang e o biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernández são alguns dos ativistas assassinados no Brasil.

Eles aparecem em outro levantamento. Este divulgado pela ONG Global Witness, que lista 908 ambientalistas executados, entre 2002 e 2013, em 35 países. Quase metade dos casos mortes ocorreu aqui.

Para Adelar Cupsinki, todo relatório que coloque o Brasil no topo de rankings negativos ajuda a pressionar o Governo a se mobilizar. Mas, a conjuntura do País tem dificultado o caminho de políticas públicas que privilegiam o avanço da Reforma Agrária e da demarcação de terras indígenas no Brasil.

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