Brasil é visto como investimento de curto prazo, segundo especialista
Baixa credibilidade não afasta investidores do Brasil, mas especialistas alertam que mercado interno só é boa opção no curto prazo. Apesar das incertezas em relação ao quadro econômico, aplicar no país está “barato” e com garantia de grande rentabilidade por conta dos juros altos. O Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, indicou que deverá aumentar os juros em dezembro, mas de forma gradual.
O economista Jason Vieira diz que o movimento de queda do dólar, que chegou a US$ 3,69 é global: “Os investidores que observam o Brasil, não o observam como uma janela de oportunidades. Eles veem como uma coisa mais curta, algo que dá pra fazer operação agora e ganhar dinheiro no curto prazo. Somos Hot Money”. Ele afirma que o mercado brasileiro vive uma janela especulativa, em que os ativos se tornam rentáveis, apesar da crise macroeconômica.
Já o economista André Perfeito resume opinião de parte dos analistas e diz que o problema do Brasil não é econômico, mas político: “Quando você olha os fundamentos, o mercado consumidor está pesado de ser diminuído com a queda de renda das pessoas, mas é ainda um dos mais relevantes do mundo. Boa parte da piora econômica está ajudando a controlar a inflação”. Ele afirma que o Brasil seguirá atrativo aos investidores enquanto a taxa de juros se mantiver elevada.
Na última reunião, em outubro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano.
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