Brasil falha na preservação da Mata Atlântica

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2015 13h45
Welington Pedro de Oliveira Desmatamento no Nordeste de Minas

 O Brasil não consegue empenhar esforços para a preservação da Mata Atlântica e os municípios com as dez maiores áreas devastadas de floresta estão próximos ao Cerrado. Os mapas, referentes aos dois últimos anos, mostram que os principais focos são registrados no centro do Piauí, nordeste de Minas Gerais e oeste da Bahia. A produção de carvão vegetal e o plantio de grãos e eucalipto aparecem como os grandes fatores de desmatamento.

De acordo com a diretora executiva da SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, responsável pelo estudo, alerta para o papel dos municípios na preservação: “A gente recomenda que os municípios elaborem seus planos municipais da mata atlântica, bem associados ao plano diretor, para ver quais são as áreas verdes, que são preservadas, para que possam planejar a expansão e o desenvolvimento da cidade sem comprometer a biodiversidade brasileira”. Ela aponta que reverter a devastação é um trabalho de todas as esferas: federal, estadual e municipal.

O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Carlos Bocuhy, alerta que a lei não protege todo o país: “Cerca de 65% do cerrado ainda pode ser desmatado. Nós temos esses dois problemas, o primeiro é achar uma forma de viabilizar a gestão de contenção do desmatamento ilegal e, o segundo, é a permissividade para liquidar as nossas áreas florestadas”

O município que mais devastou entre 2013 e 2014 foi Eliseu Martins, no Piauí, com 4.287 hectares, seguido por Baianópolis, na Bahia. Já as cidades em que a preservação ganha destaque são Ubatuba, Mongaguá e Ilhabela, no litoral de São Paulo.

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