“Brasil ficou caro antes de ficar rico”, diz Alckmin sobre crise econômica

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2015 11h41

Governador Geraldo Alckmin em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã (03)

Bruna Piva/Jovem Pan Alckmin no estudio 03/03

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, se posicionou sobre a proposta de diminuir a desoneração da folha de pagamento. “Lei se cumpre. O problema da economia é a perda de competitividade”, e acrescentou, “o Brasil ficou caro antes de ficar rico”.

Alckmin disse que o governo paulista está se desdobrando para administrar os efeitos da atual crise econômica do país. “A arrecadação esta caindo e o investimento não pode cair. É um esforço absurdo”, revelou. Uma das estratégias do governo para atravessar o período é diminuir imposto e, por outro lado, cortar gastos.

O tucano ressaltou que o sistema de saúde brasileiro é o principal problema do país e sofre um paradoxo com a crise econômica e disse que. “A população vive mais e melhor, a mortalidade infantil caiu, mas há uma crise de financiamento”.

O governador chamou de “agiotagem” os valores cobrados pelo governo federal e diz que o superávit do Estado de São Paulo é usado para pagar as dívidas com a União. “Mesmo com tudo isso, temos nove estados que fecharam o ano passado no azul, São Paulo foi um deles. Mesmo com valores absurdos diminuímos as dívidas”, contou.

A última grande mudança no orçamento foi o corte de R$1,9 bilhão, que inclui a diminuição de 5% das secretarias de Educação, Saúde e Segurança Pública e funcionários comissionados. No entanto, Alckmin afirmou que a gratificação não foi suspensa. “Nós vamos pagar os bônus como está previsto”, e exemplificou, “nós vamos pagar este ano o maior bônus da história para o magistério. Os bônus são proporcionais ao resultado dos alunos e esse ano tudo melhorou. A mesma coisa com os policiais, já que houve queda de roubou e furto de carro, de homicídio, de latrocínio, de roubo e furto em geral”.

Transporte

Sobre os atrasos nas obras metroviárias, o governador se defendeu afirmando que as empresas estão enfrentando problemas com consórcio, mas que têm até esta semana para apresentarem um cronograma. “Isso não depende da gente, além disso, o Estado faz tudo sozinho, sem financiamento da federação”, afirmou.

Outro ponto abordado foi a investigação do superfaturamento do metrô, que envolve dez empresas. “Há um suspeita de cartel, que se faz fora do governo e que o governo é vitima”, contestou Alckmin. O governador também disse que essas denúncias foram feitas em outros estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, mas que ainda nada foi comprovado.

Capital Paulista

Ao ser questionado pelo possível atrito entre o governo do Estado e do Município, Alckmin afirmou que é necessário interação: “eu não faço do governo do Estado trincheira política”. O tucano também se colocou a favor das ciclovias. “É positivo, o que precisa verificar é onde elas são colocadas”, ponderou.

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