Brasil permanece estável em ranking internacional sobre percepção da corrupção em 2016
No ano do impeachment e de um número recorde de fases da Operação Lava Jato, a ONG Transparência Internacional divulgou nesta quarta-feira (25), que o Brasil ficou na 79ª posição em um ranking sobre a percepção da corrupção.
Tecnicamente, segundo a entidade, não ocorreu uma alteração do posicionamento do Brasil em relação ao ano de 2015, quando o Brasil esteve em 76º lugar, já que o número de nações consideradas nesta pesquisa última foi maior que na anterior.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o coordenador do programa Brasil da Transparência Internacional, afirmou que a estagnação deve-se a percepção internacional de que o País não melhorou no combate à corrupção – mesmo com a saída de Dilma Rousseff da presidência da República.
“Houve troca de Governo. Um Governo marcado por grandes escândalos de corrupção. Sai o Governo com essas manchas e troca por um Governo que já mostrou que integridade não é exigência para a composição de seu ministério”, disse Brandão.
Segundo o coordenador, a percepção da corrupção também é atribuída ao trabalho da imprensa. “Quando um País começa a confrontar a corrupção de maneira séria e realista, é claro que gera uma percepção pior no primeiro momento, porque começa a aparecer mais”, afirmou.
“E é fundamental o trabalho da imprensa livre, o debate público ativo. Tudo isso é importante para que o problema ganhe centralidade na agenda. Vimos isso nas ruas, na imprensa, nas pesquisas. É o tema número um do País”, finalizou.
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