Brasileira concorre a cadeira em Connecticut em eleições americanas

Emanuela Palmares - REP

Quando nós falamos das eleições americanas, logo as imagens de Donald Trump e Hillary Clinton vêm a cabeça. Mas longe da disputa à Casa Branca que mobiliza o mundo inteiro, a realidade é diferente.

Tão oposta que no partido de Donald Trump, notavelmente anti-imigração, tem uma candidata brasileira que se mudou para os Estados Unidos com 10 anos.

Emanuela Palmares concorre a uma cadeira na assembleia do estado de Connecticut. Nas eleições distritais, ela vai disputar o condado de Danbury pelo partido republicano. Mas porquê escolher uma legenda que é bastante rígida contra os imigrantes?

“A mesma maneira que eu me sinto quando um americano fala pra mim que eu não sou daqui, eu sinto quando um democrata fala que tenho que sê-lo porque sou latina, imigrante”, disse.

Em conversa com a reportagem da Jovem Pan, a brasileira fez uma comparação interessante para explicar a relação dos imigrantes com os partidos. “A questão da imigração que a melhor maneira de descrever é como se fosse uma viagem para a Disney. O partido democrata foca muito em como chegamos e o partido republicano foca na sustentabilidade”, contou.

Nas disputas locais, como acontece no Brasil, a identidade dos partidos sofre muitas mutações nas pequenas cidades.

Em Connecticut, é o partido republicano, mais conservador, que abre as portas para candidaturas de latinos.

“O que eu acho que está acontecendo na situação de Trump, é que eu experencio, meu partido é com o maior número de pessoas diversas, que dá mais oportunidade para minorias, mas esse mesmo clima não é refletido no partido federal”, lamentou.

Emanuela Palmares afirma que não vai votar em Trump apesar de ser republicana. Ela escolherá o candidato libertário Gary Johnson.

A brasileira, que é editora de um jornal trilingue (inglês, espanhol e português), concorrerá com um adversário democrata.

Nenhuma pesquisa de opinião foi feita. Mas dependendo da comunidade brasileira de Danbury, bons resultados estão garantidos. Dos 85 mil habitantes, mais de dez mil são brasileiros, a maioria deles do interior de Minas, todos tentando transformar a disneylandia da imigração em um pedacinho de casa.

Confira a reportagem de Victor LaRegina: