Brasileiros expostos à extrema violência não querem armamento da população

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2017 06h58
Manaus, 16/09/2015. TJAM encaminha 352 armas de fogo para destruição no 12º Batalhão de Suprimentos do Exército, no km 53 da AM-010. Foto: Raphael Alves Raphael Alves/ TJAM arma de fogo

78 por cento dos brasileiros afirma que quanto mais armas em circulação, mais mortes devem ocorrer no País. A conclusão foi apresentada em estudo feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o instituto Datafolha que ouviu pessoas com 16 anos ou mais em 150 municípios brasileiros.

Entre os entrevistados, 35% afirmaram ter perdido um parente ou amigo assassinado. Essa proximidade com a violência gera uma marca na sociedade. Estamos cada dia mais angustiados.

Sabe aquela ansiedade que a gente sente e não sabe de onde vem? Pois é, o Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse, o professor da Faculdade de Psicologia da PUC do Rio Grande do Sul, Marcio Iglert Barbosa, contou que a nossa exposição constante à violência corrobora para isso: “muito do que a gente observa são as pessoas relatando estarem com mais medo de várias situações, ao mesmo tempo em que se deparam com notícias corriqueiramente, como se fosse algo cotidiano”.

Professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani, contou que o estudo capta um sentimento da população para que aumente a articulação governamental em torno do enfrentamento à violência.

96% dos entrevistados acreditam que as diversas esferas do Governo precisam se unir para diminuir os crimes e a violência no País.

Analisando o pensamento do brasileiro sobre as ações de segurança pública, a pesquisa constatou que 93% das pessoas ouvidas acreditam que é dever das polícias preservar a vida acima de tudo e 92% afirmam que todos têm direitos iguais e devem ser protegidos pelas polícias.

*Informações da repórter Helen Braun

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