Brasileiros planejam gastar menos, mas não deixarão de viajar em 2016

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2016 12h45
Rio de Janeiro - Praia de Copacabana no primeiro final de semana do verão no Rio de Janeiro(Fernando Frazão/Agencia Brasil) Fernando Frazão / Agência Brasil Praia - Rio de Janeiro

 Em tempos de crise, brasileiro privilegia destinos nacionais e planeja economizar na hospedagem elegendo casa de parentes e amigos como opção.

Um estudo encomendado pelo Ministério do Turismo aponta que 63% dos brasilienses tem a intenção de abdicar dos custos com hotel nas próximas viagens. Os paulistanos ocupam o segundo lugar do ranking com 44,8%, maior índice desde 2010, seguidos dos moradores de Belo Horizonte.

De acordo com o ministro do Turismo, Henrique Alves, apesar do perfil mais econômico do passeio, 8 em cada 10 brasileiros farão as malas em 2016: “Isso prova que o brasileiro quer manter sua viagem e procura a maneira mais econômica de fazer isso. Ele quer viajar, viagem turística, mas se não pode fazer com custo mais alto, ele reduz esse custo e, neste momento, procura ter as economias mais bem gastas, melhor dirigidas”.

A catarinense Julie Santin, que vive em São Paulo há dez anos, organiza a visita de parentes e amigos em uma agenda. A gerente de projetos admite que há disputa de cama na época de férias: “Chegou uma época que a gente até brincava porque tinha escala de final de semana, explicava para os amigos quais finais de semana estavam livres e quais viria gente para cá. E não basta só hospedar, a gente acaba mostrando a cidade, apresentando os principais prontos turísticos”.

A médica amazonense Nafice Araújo dá abrigo, mas também usufrui da hospitalidade dos conhecidos agora que mora na capital paulista: “Eu tenho um quarto e um escritório que tem bicama, tudo preparado para as visitas. Tem o quarto das minhas filhas também que tem a cama e uma cama para visita. Eu gosto também de passear, ver os amigos. Apesar de eu ser de lá, cada vez que eu vou tem algo novo para ver. Já estou programando agora em julho”.

A preferência por destinos nacionais também é atribuída à alta do dólar, que movimentou especialmente o turismo no nordeste. O levantamento do ministério aponta que a tendência continuará em alta em 2016.

Reportagem Carolina Ercolin

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