Calero diz que haverá debate expressivo sobre secretaria de patrimônio
Ministro da Cultura se esquivou de comentar o papel da nova Secretaria Especial de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional alvo de polêmica.
A criação do órgão é tida por entidades do setor como um mecanismo para atender a interesses de empreiteiras em áreas tombadas.
Em entrevista ao repórter Daniel Lian, Marcelo Calero destacou nesta sexta-feira que haverá um expressivo debate sobre o tema.
O comandante da pasta da Cultura indicou que não há mistério e que o modelo já existiu no governo de Fernando Henrique Cardoso. “Já existiu no passado, teve suas críticas e pontos positivos. O que acontece é que houve essa previsão na MP e não temos nesse momento a implementação. Nada será feito sem que seja precedido de um amplo debate”, disse.
O ministro enfatizou a importância da Lei Rouanet que foi implementada há mais de duas décadas. Segundo Marcelo Calero, a ferramenta é indispensável para financiamentos na área e precisa ser modernizada e não rechaçada.
“Fazer com que essas reformas sejam uma tarefa de todos. Que a gente possa estar atento às demandas que surgem. Mas não podemos demonizar esse mecanismo”, explicou.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo se reuniu com o ministro e afirmou que as irregularidades precisam ser corrigidas.
Paulo Skaf assinaloi que o aprimoramento da Lei Rouanet é bem vindo para incentivar o empresariado a apoiar a cultura no Brasil: ” a cultura é importante gera empregos, gera riqueza. temos talentos e no mundo inteiro você vê que há esse estímulo. Quando você tem alguma coisa que não esteja correta, você tem que corrigir a irregularidade”.
No encontro, o ministro da Cultura adiantou que quer tornar o Ministério mais atuante para promover o desenvolvimento da área.
Marcelo Calero pretende criar um marco legal, a fim de otimizar a legislação que, segundo ele, muitas vezes não se adéqua às necessidades do setor.
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