Candidato à liderança do PMDB espera argumentos para volta da CPMF
As eleições para líder do PMDB, partido com maior presença na Câmara, demonstram as divisões internas no partido. Os candidatos são o atual líder Leonardo Picciani (RJ), que é mais próximo ao governo federal, e o deputado Hugo Motta (PB), apoiado por Eduardo Cunha.
Motta, que afirma ser amigo de Cunha, demonstra um posicionamento contrário ao presidente da Câmara: “Eu era contra o impeachment no ano passado, mas minha posição fica em segundo plano de acordo com a maioria. Se eu for líder, vou dividir a comissão do impeachment, com quatro membros a favor e quatro contra, para todos discutirem”. Sobre a amizade com Cunha, Motta afirma que não se deve deixar assuntos externos ligados à lei influenciarem aquilo que é melhor para o partido.
Com a abertura dos trabalhos do Congresso, Dilma Rousseff discursou na Câmara e foi vaiada ao trazer o assunto sobre a volta da CPMF. Motta afirma que a presidente precisa do Congresso e que é necessário estudar a necessidade de mais um imposto: “Eu vi ontem o discurso de Dilma de maneira positiva. As colocações feitas por ela é de quem está preocupada. Mostra que o governo entende que não dá para caminhar sem o apoio do Congresso. Sobre a CPMF, precisamos ter argumentos do governo para ver se a população deverá ter mais um imposto, com uma carga tributária já elevada”.
Hugo Motta afirma que na bancada do PMDB existem correntes que divergem sobre o posicionamento do partido no futuro e o deputado defende uma gestão pautada na opinião da maioria: “O PMDB sempre teve essa divergência na bancada, sempre vi líderes convergindo em fortalecimento do partido. Com essa bandeira queremos vencer a disputa”.
Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã.
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