Cantareira atinge 8,3%, mas ainda há projeção para problema de abastecimento
Vista da represa Cachoeira
Vista da represa CachoeiraO Sistema Cantareira tem a maior alta em mais de um ano ao subir de 7,3% para 7,8% (durante o Jornal da Manhã este era o último dado divulgado pela Sabesp. Agora, o nível do Cantareira encontra-se em 8,3%, em dado divulgado às 9h) e a chuva deve prosseguir de forma generosa até o fim da semana.
O índice de hoje (7,8% antes do novo balanço da Sabesp) é o mesmo registrado em oito de dezembro de 2014, o que ajuda amenizar as perdas provocadas pela estiagem. Com a pluviometria acima da média histórica em fevereiro, a Sabesp monitora as condições para definir em três semanas se vai decretar racionamento.
Em entrevista a Simone Manocchio, a meteorologista da Climatempo, Fabiana Weikamp, espera chuva considerável até o final do mês.
“Até o final desta semana teremos um acumulado de chuva bastante grande. Ao longo do final de semana e na semana que vem, as pancadas acontecem e serão mais características de verão”, disse a meteorologista.
Ela ainda acrescentou que a chuva na primeira quinzena de março será mais frequente do que no restante do mês.
O professor de Hidrologia da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, lembrou a Thiago Uberreich que o Cantareira não irá se recuperar até o inverno.
“Em abril do ano passado estávamos com 10% positivo. Esse valor informado hoje pela Sabesp incorpora o volume morto. Estamos com menos 23%, temos que recuperar 33%. Nossa projeção para este ano é que teremos problemas de abastecimento”, explicou Zuffo.
Além do Cantareira, o volume do Alto Tietê subiu de 14,1 % para 14,6% e a Guarapiranga também apresentou elevação: chegou ontem a 55,3%.
O Comitê da Crise Hídrica tem três semanas para elaborar um plano de contingência, no caso da necessidade de adotar o racionamento.
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