CEO da Amcham: 53% dos empresários acreditam em melhora nos negócios
Os empresários e executivos brasileiros estão mais confiantes e otimistas em relação ao cenário de instabilidade do País. E mais confiantes com o cenário em 2017. A Amcham (Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos) realizou pesquisa que mostra que 84% dos empresários estão esperando por uma diminuição das incertezas políticas e econômicas.
Em entrevista a Denise Campos de Toledo, a CEO da Amcham, Deborah Vieitas, ressaltou outros pontos analisados pela pesquisa e afirmou que o sentimento de retomada da economia já existe, embora de forma mais tímida.
“Nos primeiros 40 dias do ano, 53% afirmou que já tem melhora, mesmo que pouco significativa, nos negócios. Há uma expectativa mais importante para o segundo semestre, onde quase 50% do público entendia que, pelo menos no varejo, teremos indicadores melhores”, disse.
Na pesquisa, 95% dos empresários entrevistados disseram acreditar em um resultado comercial mais positivo em 2017 e 88% creem em um cenário de recuperação. 7% do empresariado apostam em um crescimento expressivo em relação ao ano passado.
“O crescimento de diferentes setores da economia não é linear. Agronegócio cresceu muito e deve ter excelente ano. Temos recuperação do setor industrial, mas mais lenta, já que queda em 2016 foi de quase 5%. No setor de serviços já demonstra recuperação. Eu diria que o sentimento foi positivo e esse sentimento se distribui nos diferentes setores”, explicou.
No varejo, a expectativa de retomada é esperada por 69% dos empresários. O setor, entretanto, depende das condições financeiras dos consumidores, que ainda sofrem com a falta de oferta de vagas no mercado de trabalho.
“O consumidor brasileiro está se tornando mais conservador. Ele pesquisa mais antes de comprar, está mais consciente”, disse Deborah Vieitas. A CEO da Amcham ainda destacou um trecho da pesquisa: “perguntamos se cada um dos participantes recebesse aumento de 10%, o que faria com isso. A resposta que prevaleceu foi a de pagar dívidas. Eu acho que isso é bom exemplo de que o consumidor está mais atento e consciente”.
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