CGU avaliará programas de prevenção de atos ilícitos em estatais
Depois de série de escândalos na Petrobrás, Controladoria Geral da União quer avaliar programas de prevenção de atos ilícitos em 26 estatais. A meta é fazer as verificações até o fim do primeiro semestre e o Banco do Nordeste, Eletronorte, Furnas e os Correios já passaram por um projeto-piloto. A ideia é observar a chamada questão do compliance, ou seja, as políticas de integridade, prevenção, detecção e punição praticadas pelas empresas.
O secretário federal de controle interno adjunto da CGU, Sérgio Seabra, diz que o cenário para essas medidas ainda é bastante complicado, mas é otimista: “Isso precisa melhorar muito, a gente percebe que as empresas já estão atentas a isso, algumas já começam o processo de implementação, de desenho, de criação de suas políticas. Mas a implementação a ponto de torná-los maduros leva um tempo ainda”.
Falando a Tiago Muniz, Idésio Coelho que é o presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil avalia que as empresas privadas não têm um quadro tão diferente das estatais, mas que os particulares podem demitir funcionários e reestruturar políticas com mais facilidade: “As entidades privadas tem maior agilidade, maior facilidade de contratação, de remoção de pessoas que não estão performando adequadamente, de modificação de processos de controle. Ela reage mais rapidamente a esses processos desses movimentos”.
As 26 estatais devem ser analisadas até o fim do primeiro semestre e, em um primeiro momento, serão levados em conta 15 quesitos. Entre eles, o comportamento da alta administração perante irregularidades e se há políticas de responsabilidade e canais de denúncia.
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