Chuvas levam Cantareira à marca dos 30%, mas especialista prevê estiagem

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2016 12h56
O Governador de São Paulo visitou áreas de enchentes na região de Mairiporã, Franco da Rocha e Francisco Morato. Na foto: - Alagamento na SP-23 .11/03/2016 - Mairiporã - Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG Eduardo Saraiva / A2IMG Alagamento em pista na região de Mairiporã

 A chuva recorde em São Paulo no começo de março permitiu que o volume útil do Sistema Cantareira superasse a marca dos 30%. Apesar dos incidentes em diversas cidades da Grande São Paulo por causa dos temporais, a crise hídrica está superada. A prova disso aparece nos demais reservatórios como o Alto Tietê e o Guarapiranga, também com uma situação bastante favorável.

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, garante que não existe nenhuma chance da estiagem de 2014 se repetir durante o inverno deste ano: “Não há nenhuma possiblidade de que ao longo de 2016 nós tenhamos as dificuldades de abastecimento de água como tivemos em 2014, ou seja , a crise hídrica acabou e temos agora o inverso, temos excesso de água, mas não em todo o sistema. Temos excesso localizado no Paiva Castro, nas imediações de Franco da Rocha e outras cidades que foram atingidas. Não são todos os reservatórios que estão cheios”. Kelman explica que na sexta-feira (11/03) a Sabesp foi obrigada a abrir as comportas da represa Paiva Castro que integra o Sistema Cantareira.

Por outro lado o professor de hidrologia da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, não afasta a possibilidade da falta de chuva se repetir em 2017: “Toda vez que acontece o El Niño em sequência acontece o La Niña, que é justamente o oposto. Se o próximo período chuvoso começar em outubro e for até março do ano que vem, com chuvas abaixo da média, logo em seguida serão mais seis meses de estiagem”. Zuffo também destaca que a Sabesp ainda está retirando menos água do Sistema Cantareira.

Entre a quinta e sexta-feira (10 e 11/03) o Sistema Cantareira recebeu o maior volume de chuva para um período de 24 horas em 2016.

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