Citado, Onyx Lorenzoni quer abrir mão do foro privilegiado: “não tenho medo”
Citado na Lista de Fachin por suposto recebimento de recursos provindos de caixa dois para sua campanha, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) negou qualquer envolvimento com o delator Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht e disse que já consultou seu advogado para abrir mão da prerrogativa de foro privilegiado.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o relator das 10 Medidas de Combate à Corrupção, e integrante do Conselho de Ética na época do mensalão, pediu ainda celeridade nas investigações.
“Do que é da minha responsabilidade, eu quero investigação o mais rápido possível. Pedi ao meu advogado para preparar um estudo para que eu abra mão do meu foro privilegiado. Quero ir para o juiz de primeira instância. Eu não tenho medo. Não quero nenhum privilégio. Quero ser investigado porque tenho certeza que a verdade vai aparecer. Tenho o coração tranquilo”, disse.
Em delação, o ex-executivo da empreiteira alegou que procurou e elogiou o deputado em 2006 e que teria dado dinheiro de caixa dois para a campanha de Lorenzoni. O deputado gaúcho negou que já tenha comparecido à sede da Odebrecht e pedido financiamento.
“Ele amarrou mal o cavalo dele. Em 2006, 2008, 2010 e 2014 foram minhas últimas quatro eleições que disputei e abri meus sigilos fiscal, telefônico para as autoridades de primeiro de janeiro a 31 de dezembro do ano da eleição, para me diferenciar”, explicou.
Onyx Lorenzoni pretende, já na segunda-feira (17), dar entrada na Procuradoria-Geral da República com um pedido de acareação e rapidez nas investigações. “Não tenho medo de nada. Quero esclarecimento porque estranhei inclusão do meu nome. Sempre enfrentei a corrupção. Eu enfrentei meus pares para criminalizar o caixa dois”, defendeu-se.
Confira a entrevista completa:
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