Citado por delator, Temer nega ter recebido US$ 40 milhões em propinas

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2017 08h00
SAO007. SAO PAULO (BRASIL), 04/04/2017-. El presidente de Brasil, Michel Temer, habla hoy, martes 4 de abril de 2017, durante el Fórum Global de la Infancia, una iniciativa que llega por primera a Sudamérica, en el marco de la visita oficial de los reyes de Suecia a Sao Paulo (Brasil). Los monarcas suecos, Carlos XVI Gustavo y Silvia, quienes se encuentran en una visita oficial en Brasil, continuarán su agenda mañana con una visita al Centro de Proyectos y Desarrollo de los cazas modelo Gripen en el municipio de Gavião Peixoto. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Michel Temer - EFE

O presidente Michel Temer divulgou nota afirmando se tratar de uma “mentira absoluta” a denúncia de que ele teria acertado o pagamento de US$ 40 milhões de propina em um contrato da Petrobras, conforme denunciou o ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria.  

Segundo o Palácio do Planalto, o presidente jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria, sendo que o que realmente aconteceu é que o ex-executivo foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha.

A conversa teria sido rápida e superficial. Não se falou sobre valores ou contratos na Petrobras.

O presidente ainda contestou, de forma categórica, qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos. Ele garantiu que nunca atuou em defesa de interesses particulares na Petrobras, nem defendeu pagamento de valores indevidos a terceiros.

Mais cedo, o presidente tentou adotar um tom de normalidade. Disse que é preciso deixar o Judiciário agir e garantir que a lista não provoque paralisia em Brasília.

O líder do Governo no Senado, Romero Jucá, que também é presidente do PMDB, citado em cinco pedidos de abertura de inquérito disse que o presidente está tranquilo e que na verdade não houve surpresa, uma vez que todo mundo já sabia quem estaria na lista.

Jucá foi além e disse que todo mundo que disputou eleição está ou estará em uma próxima lista, uma vez que segundo ele, o que está em xeque não é o político em si, o problema seria o modelo de financiamento de campanha. Que político nenhum questiona a empresa para saber de onde veio o dinheiro.

Dentro do Governo, a meta é evitar que os pedidos de investigação atrasem a votação de medidas como a reforma da previdência. Segundo Jucá, a discussão da previdência não muda, e a lista não dificulta, nem altera o calendário esperado.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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