Clientes ainda têm dificuldades para cancelar ou trocar planos da Unimed Paulistana
Dois meses após falência da Unimed Paulistana, clientes ainda enfrentam dificuldades para cancelar o plano ou fazer a portabilidade. Em setembro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar determinou que a carteira da operadora fosse transferida para outras empresas. Um acordo envolvendo a própria ANS e o Procon garantiu que usuários do convênio pudessem migrar para outros planos do Sistema Unimed.
Muitos usuários cancelaram o convênio devido às opções oferecidas, mas vários continuam recebendo boletos mesmo com o fim do contrato. Na quarta-feira (18/11), a ANS prorrogou por mais sessenta dias o prazo para a portabilidade.
O advogado Arthur Rollo, especialista em Direito do Consumidor, diz que os usuários da Unimed Paulistana ficaram desassistidos pela ANS. Ele explica que o problema não está em prorrogar ou não o prazo para a portabilidade: “Com a portabilidade o consumidor tem que simular no site da ANS para qual plano ele vai portar e aí entrar em contato com a empresa. Mas as empresas estão recusando muitos consumidores porque não querem consumidores idosos, doentes. E se não recusam, chutam o preço do plano de saúde lá para cima e ninguém consegue pagar”.
Os usuários que pediram o cancelamento do plano por telefone devem protocolar uma carta junto à operadora como garantia. A orientação da ANS é que, no mês da portabilidade, o consumidor só pague o boleto do convênio novo.
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