Coaf apresenta laudo falsificado sobre qualidade de suco fornecido a escolas

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2016 08h07
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Arquivo/Agência Brasil CPI da Merenda

A Assembleia Legislativa teve mais uma sessão da CPI da Merenda nesta quarta-feira (05) com antigos representantes de gabinetes do governo estadual prestando depoimento.

A cooperativa pivô da Operação Alba Branca apresentou um laudo falsificado sobre a qualidade do suco de laranja fornecido a escolas.

O deputado estadual Alencar Santana Braga, do PT, pediu ao Instituto Adolfo Lutz que verificasse um documento do ano passado emitido a favor da Coaf.

O instituto, por sua vez, não reconheceu o laudo como verdadeiro, apontando indícios como a falsificação da assinatura de uma funcionária.

O deputado Alencar Santana Braga disse que uma outra cooperativa que participou da concorrência apresentou um documento muito distinto.

A CPI da Merenda da Assembleia Legislativa de São Paulo ouviu dois ex-chefes de gabinete de secretarias do governo estadual nesta quarta-feira.

O primeiro a falar foi Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, que desempenhava a função na Casa Civil de Alckmin.

O depoente foi flagrado em escutas telefônicas falando sobre os desvios na compra de merenda com Marcel Julio, um dos operadores do esquema.

Moita negou envolvimento com a fraude, e disse apenas ter dado uma orientação informal uma vez que Júlio o procurou na Casa Civil do Estado.

Na sequência, foi a vez de Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação.

Moita disse, em depoimento, que conversou com Padula e que ele o orientou para que a Coaf entrasse com um pedido de reequilíbrio financeiro no processo.

O ex-chefe de gabinete da Secretaria de Educação, por sua vez, negou que isso represente alguma irregularidade.

Fernando Padula afirma que conversou com Moita como conversava com qualquer chefe de gabinete.

A sessão foi marcada mais uma vez por brigas políticas entre parlamentares do governo e da oposição.

O deputado estadual Barros Munhoz, do PSDB, reclaou que as investigações até agora são infrutíferas e que a comissão “está procurando pelo em ovo.”

A última a falar foi a servidora pública Dione di Pietro, suspeita de ter assinado contratos superfaturados com a Coaf.

Ela negou ter estado na sede da Coaf em Bebedouro, como apontou um vendedor da cooperativa, Emerson Girardi, em depoimento à força-tarefa da Alba Branca.

Confira a reportagem completa de Tiago Muniz:

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