Coaf é proibida de assinar contratos por dois anos com governo de SP
Cooperativa pivô do escândalo da merenda é proibida de assinar contratos por dois anos com o governo de São Paulo. O Estado declarou a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) como inidônea; a entidade tem dez dias para apresentar recurso.
Se o veto for mantido, a associação de produtores não poderá estabelecer contratos por dois anos com a administração pública estadual. Depois do período, a cooperativa deve entrar com um pedido de reabilitação na Secretaria de Educação, que verifica se ela poderá participar de licitações.
O despacho do governo paulista vem sete meses depois da deflagração da Operação Alba Branca.
De acordo com as apurações da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, a Coaf teria pagado propinas a agentes públicos e superfaturou preços.
A entidade comprava suco de laranja mais barato de grandes indústrias e revendia a municípios e ao Estado como se fosse de pequenos produtores.
Em sessão da CPI da Merenda de terça-feira (09) na Assembleia Legislativa, o corregedor-geral da administração do Estado afirmou que SP foi vítima. Ivan Agostinho disse que abriu procedimentos administrativos contra Luís Roberto dos Santos, o Moita, e Dione Moraes Pavan.
*Informações dos repórter Tiago Muniz e Thiago Uberreich
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