Colômbia enfrenta críticas da oposição ao propor novo acordo de paz com as Farc
Oposição colombiana protesta contra segunda versão do acordo de paz do governo com as Farc. O texto será assinado nesta quinta-feira (24), quase dois meses após a primeira proposta ser rejeitada pelo povo colombiano em plebiscito.
Nesta quarta-feira (23), políticos do partido oposicionista Centro Democrático divulgou um comunicado atacando o presidente Juan Manuel Santos.
O grupo é liderado pelo ex-presidente colombiano Alvaro Uribe que insiste que os maiores responsáveis pelo narcotráfico não serão punidos e ficarão elegíveis.
Os oposicionistas afirmam que Juan Manuel Santos quer enganar a cidadania ao fazer pressão para que a paz seja aprovada rapidamente sob ameaça de haver mais violência.
Eles ainda criticam a substituição da forma de ratificar o acordo. Em outubro, foi realizado um plebiscito. Após a derrota, o governo de Bogotá quer que o parlamento aprove a resolução.
O presidente colombiano, que recebeu o Nobel da Paz deste ano, destacou que o congresso foi eleito pelo voto popular e representa todos os cidadãos do país.
O novo acordo foi negociado entre ambas as partes por mais de 40 dias, desde que a proposta inicial perdeu o plebiscito.
O governo e as Farc acolheram parte das propostas do grupo do “não”, como limitar o tempo de duração dos tribunais especiais e exigir que a guerrilha entregue um inventário completo de seus bens obtidos por meios ilegais.
O grupo do “não”, porém, disse que o acordo é apenas um “retoque” e explicou, por meio do comunicado, que o governo não aceitou terminar com a impunidade, oferecendo apenas penas simbólicas para crimes de lesa humanidade.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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