Com candidatura de Russomanno mantida, pressão sobre rivais aumenta em SP

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2016 08h35
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Candidatos a prefeitura de São Paulo

Manutenção da candidatura de Celso Russomano (PRB) pelo Supremo Tribunal Federal, pressiona adversários na disputa pela prefeitura de São Paulo. Para os cientistas políticos, Marta Suplicy (PMDB), é a mais prejudicada, já que era favorita para herdar os eleitores do líder nas pesquisas.

Por outro lado, João Doria Júnior (PSDB) luta contra o desconhecimento da população de baixa renda. Já o prefeito Fernando Haddad (PT) tem como desafios a má avaliação do trabalho atual e o “efeito da crise no País”.

Com a eleição mais curta e sem o financiamento privado de campanha, o cenário é incerto.

O cientista político Rubens Figueiredo lembrou a Thiago Uberreich que Celso Russomano segue forte até nas projeções do segundo turno: “tem a Marta prejudicada e você tem também vitória muito fácil do Russomanno sobre o Haddad no segundo turno. Embora o perfil dos eleitores seja diferente”.

Rubens Figueiredo destacou, no entanto, que a rejeição a Celso Russomano deverá aumentar ao longo da campanha.

O cientista político, Rafael Cortez, concordou e apontou que o candidato do PRB pode ter dificuldades no segundo turno: “o Russomanno é um forte candidato a ir a segundo turno. Aí, neste caso, a sua rejeição alta, poderia comprometer a vitória do segundo turno. Digamos, é o menos pior que acaba sendo eleito. Aquele candidato que tem rejeição menor e, portanto, consegue mobilizar eleitores de outros partidos no primeiro turno”.

Sobre João Dória Júnior, o cientista político Rafael Cortez lembrou que o tucano tem chances de crescer graças ao tempo de televisão.

O professor de Ética e Filosofia da Unicamp, Roberto Romano, avaliou que o quadro da eleição, apesar de mais curta, ainda vai se alterar. “A Marta é uma adversária forte. Erundina é uma adversária que não é desprezível. Haddad, que com certeza vai ser muito difícil recuperar sua capacidade de votos. me parece que no caso de João Doria ele vai precisar mover muito os seus aderentes e o peso do governador Alckmin, que não é negligenciável”, disse.

Roberto Romano crê ainda que o impeachment de Dilma Rousseff vai pesar de forma negativa na campanha do PT em São Paulo. Assim como Marta Suplicy, a candidata do PSOL, Luiza Erundina, também uma ex-petista, poderá perder os votos da periferia para Celso Russomano.

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