Com chuvas, Cantareira pode recuperar volume morto em janeiro, segundo Geraldo Alckmin
A Cantareira deverá recuperar o volume morto até o começo de 2016, mas a retirada de água vai permanecer limitada até o índice chegar a 30%. O sistema que abastece 5,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo ainda precisa de cerca de 5 pontos percentuais para sair da reserva técnica.
A chuva acima da média, desde o começo do segundo semestre, vem ajudando a amenizar as condições dramáticas do reservatório. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lembra que o fenômeno El Niño é o responsável por antecipar a saída do volume morto: “Isso é muito importante porque vai recuperando os reservatórios. Nós imaginávamos que sairia da chamada reserva técnica ou volume morto em março, depois achamos que seria em fevereiro, mas se chover bastante pode até sair em janeiro”. O governador paulista projeta para fevereiro o início da obra de interligação da Bacia do Paraíba com a Bacia do Cantareira.
O doutor em engenharia hidráulica e professor da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, avalia que a recuperação será mais rápida na comparação com 2014: “Essa primavera estamos com precipitações acima da média, e isso faz com que haja uma maior velocidade de recuperação”. O especialista lembra, no entanto, que a Sabesp retira cada vez menos água do Cantareira.
O sistema Alto Tietê, o segundo mais atingido pela estiagem, desde o ano passado, também se recupera e está com 18,7% da capacidade.
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