Com chuvas, população relaxa e consumo de água aumenta em São Paulo
Com o período chuvoso em São Paulo o consumo da água aumentou, mas técnicos do setor recomendam à população que continue economizando. Em julho de 2015, 83% das famílias reduziram o consumo para obter o bônus na conta, índice que caiu para 77% em dezembro. A sobretaxa cobrada no mês passado para quem gastou mais do que o limite imposto pelo Estado foi recorde desde janeiro de 2015.
O técnico em meteorologia do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) de São Paulo, Adílson Nazário, ressalta a recuperação das represas, mas reforça o uso racional da água: “As pessoas não podem pensar que o problema está resolvido. Estamos apenas começando e vamos praticamente chegar ao final desse mês, talvez com 15 pontos percentuais acima, com uma expectativa de mais chuva em fevereiro e em março e aí termina o período de verão”. O Cantareira, que é o maior reservatório da Grande São Paulo, chegou a ficar com 4% da capacidade e hoje está em 31%, mas no seu histórico já teve períodos com 80%.
Em entrevista a Marcelo Mattos, o professor da Universidade de São Paulo, Pedro Mancuso, aponta que a situação crítica serviu de aprendizado: “Não quer dizer de forma nenhuma que a gente possa baixar a guarda. Eu acredito que isso foi uma lição muito grande que nós todos tivemos e a gente não sai de uma crise sem aprender alguma coisa”.
O Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo lembra que nessa semana o volume de chuvas foi mínimo, na comparação com as anteriores. Apesar da expectativa de recuperação considerável dos reservatórios, a economia do consumidor é fundamental para a segurança hídrica de todos.
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